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Reflexão:

Não confunda querer bem, com sentimento de posse, o amor tem que nascer sem interesses pueris:
O desejo de posse é porta aberta para a derrocada do amor!

Alberto Craveiro

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Meu, Teu, Nosso

Nós seres humanos, tidos como seres inteligentes e únicos pensantes viventes aqui no planeta terra, esquecemos na maioria das vezes de pensar ou discernir sobre nossos atos ou qualquer coisa que desejamos, seguimos nossos instintos... Instintos estes que são latentes na natureza animal, por isso temos uma tendência a nos agrupar em sociedades, como qualquer outro animal, desde a nossa infância procuramos estar junto de outros seres de nossa espécie, classe social, cor, e interesses, na infância é muito fácil pois, temos nossos pais e nossos irmãos, ao desenvolver nossa individualidade e começarmos a pensar e decidir o que queremos, começamos a ter o desejo de posse, tudo é nosso, como dizemos é "meu", na adolescência com a maioria dos sentidos desenvolvidos, começamos a fazer separações e distinções como por exemplo, meu irmão favorito, meu melhor amigo ou amiga, meu grupo de amigos, meu som, meu carro, minha vida e assim por diante. Isso não quer dizer que não exista exceções.

Se observamos a palavra "meu", está sempre na frente de nossas escolhas, e assim segue por toda nossa existência, dessa forma desenvolvemos um sentimento de propriedade muito forte, que nos leva a outros sentimentos não muito agradáveis de cultivar como: Vaidade, Orgulho, e outros tantos mais.

Esquecemos que o termo principal e que deveria fazer parte da vida de todos nós seria o "nosso", um termo simples mas, expande e muito o significado do que vamos dizer ou fazer, o emprego desse termo, embora seja um pronome possessivo, nos dá a ideia de que estamos dividindo as coisas com os próximos, com os que nos circundam, fica mais fácil das pessoas entenderem que estamos falando de todos que ali se encontram.

Pela nossa natureza ainda bruta e impregnada de muitos erros do passado, temos dificuldade de nos expressar com mais nobreza de espírito, mesmo porque o nosso vocabulário nos deixam atados por falta de advérbios mais sublimes para tratarmos perante nossos irmãos, nos deixando aquém da nossa ignorância.

Só que existe um sentimento que por si só já nos livraria de todos esses inconvenientes, e, qual seria esse sentimento? Podemos afirmar que é o sentimento de maior poder que tivemos conhecimento em todos os tempos, e que ele foi totalmente empregado pelo nosso mestre Jesus, em sua breve passagem aqui em nosso orbe terrestre, e, que se julgarmos todos as nossas ações pondo esse sentimento na frente e em primeiro plano, estaremos empregando uma força altamente positiva para extirpar todos os males existentes em nosso planeta.

Um termo de difícil emprego, de complicada compreensão, que muitos fazem mau uso, por pura ignorância, uma palavrinha simples de poucas letras e de grandes efeitos, isso mesmo, grandes efeitos na nossa vida moral e espiritual, que quando mal compreendido nos traz muitas tristezas, desarmonias, e muitas catástrofes, mais que se torna sublime quando bem empregada e compreendida, quando usada pelo bem de todos, transforma as pessoas, nos deixando brandos e humildes, a força dessa palavra transforma os brutos e sublima os de coração manso.

Amor fraterno
É uma palavra muito usada pela grande massa, pela grande maioria das pessoas, embora e na maioria das vezes mal empregada, as pessoas usam esse termo pra explicar sentimentos que não à explicam, essa palavra envolve sempre emoções intensas, ele dentro da língua portuguesa expressa vários sentidos, tais como amizade, piedade, comiseração, desejo, paixão, encanto, entre outros.

Que palavra seria essa? Que nos traz tantos sentimentos diferentes a análogos ao nosso ser, nos deixando com tantos sentimentos diferentes em situações diversas? Que termo é esse que nos elevaria aos mais belos sentidos do ser espiritual que existe em nós? Como podemos fazer uso dessa palavra sem machucar nosso orgulho e nossa vaidade?

É muito simples, amando incondicionalmente, usando essa palavra mágica inventada pelos mais puros seres espirituais, "amor", palavra de quatro letras, que representam o maior sentimento que a humanidade herdou do Guia supremo, do nosso guia maior Jesus. Isso mesmo tudo que é feito com amor fica mais perfeito, mais fácil de entender, embora em muitos casos mal interpretada.

"amor" eleva nossa alma a patamares sublimes, quando empregamos esse sentimento para o bem coletivo, para justificar o crescimento moral e espiritual dos nossos irmãos, foi por amor que Jesus passou entre nós, nos deixando tantos exemplos desse sentimento, só temos que segui-lo, quando perdemos alguém ou algo nós ficamos com a sensação de que está faltando algo ou uma parte do nosso ser.

Podemos dizer que o amor é pura energia, e quando mau empregada, pode destruir alguém ou mesmo uma coletividade inteira, mas, quando empregada com sublimidade, com sentimentos elevados, transcende a essa existência nos levando a situações agradáveis de sentimentos que só podemos sentir na presença de espíritos de luz. Falam muito de amor platônico, como um sentimento utópico, indiferente a qualquer conveniência ou prazer, isso não seria o amor incondicional, sem interesses e desprovido de qualquer sentimento egoístico? Acho que Platão na sua sabedoria já tinha uma visão do amor na sua essência pura e porque não dizer espiritual.

Assim Platão definia o amor:

O amor é carência; quem ama procura no alvo de seu sentimento a ideia que um dia contemplou enquanto sua alma estava desligada do corpo, a qual ele não encontra no plano material, pois sua reprodução sensível não lhe basta. Mas ele preenche este vácuo e ganha plenitude em uma relação correspondida.

Amor platônico é qualquer tipo de relação afetuosa ou idealizada em que se abstrai o elemento sexual, por vários gêneros diferentes, como em um caso de amizade pura, entre duas pessoas. Amor platônico também pode ser um amor impossível; difícil ou que não é correspondido.

Esta definição difere da concepção do amor ideal de Platão, um filósofo grego que concebera o amor como algo essencialmente puro e desprovido de paixões, ao passo em que estas são essencialmente cegas, materiais, efêmeras e falsas. O amor platônico, não se fundamenta num interesse, e sim na virtude. Platão criou também a teoria do mundo das idéias, onde tudo era perfeito e que no mundo real tudo era uma cópia imperfeita desse mundo das idéias. Portanto amor platônico, ou qualquer coisa platônica, se refere a algo que seja perfeito, mas que não existe no mundo real, apenas no mundo das idéias.

O amor platônico é entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve, é feito de fantasias e de idealização, onde o objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem defeitos.

Então vamos nos ater a um sentimento manso e puro, quando tratarmos com nossos irmãos em Cristo, nós devemos amar incondicionalmente, para que essa energia possa frutificar em nossos corações, pois é através dela que vamos fortificar nossa alma, para futuras batalhas com nossas fraquezas, com nossos medos e nossa ignorância.

Fico por aqui, esperando que o entendimento desse sentimento venha nos proporcionar boas energias, elevando assim, o nosso espírito a patamares mais elevados na escala evolutiva. Temos que cultivar a fé no Pai Eterno e no nosso irmão e guia espiritual, Jesus.

Que assim seja.

2 comentários :

  1. O Amor é um conjunto de sentimentos que nos eleva e nos faz filhos de Deus... Muita Paz!

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